No dia 06 de novembro tive a oportunidade de participar do evento promovido pela Mercer Consulting com o tema O Futuro do Trabalho em Tempos de Disrupção.
Uma das palestras foi a apresentação dos resultados da Pesquisa de Remuneração 2018, demonstrando dados relevantes que impactam diretamente a forma como você, da área de RH, está fazendo a gestão de pessoas, ou mesmo o planejamento para 2019.
Participaram da pesquisa 601 empresas, com um total de 727.400 funcionários e cerca de 8.000 cargos.
Dessas 601 empresas:
- cerca de 18% atuam no setor de manufatura;
- 15% no setor de bens de consumo;
- 11% em serviços;
- 11% em life sciences;
- 9% em equipamentos de transporte;
- e os outros 36% estão distribuídos entre empresas dos setores químico, alta tecnologia, energia e logística.
Vamos ao resultado.
Práticas salariais no Brasil
Das 8 regiões analisadas pela Mercer, 6 apresentaram queda na média salarial em relação à cidade de São Paulo (considerada como referência para comparação). A queda da média salarial (em percentual), por região foi de:
- Região Norte: 3%
- Região Nordeste: 1%
- Região Centro-oeste: 4%
- MG: 3%
- RJ: 2%
- SP interior: 2%
Na região Sul houve o aumento de 2% na média salarial. São Paulo capital teve a média salarial mantida.
Previsão de crescimento salarial
Para 2018 as empresas haviam previsto um crescimento salarial médio de sua base de 6,3%, mas conseguiram efetivar um aumento médio de 4,4%. Ou seja, o aumento salarial concedido na prática foi menor do que estava planejado.
>>Para 2019 a previsão de aumento salarial é de 4,3%.
Benefícios
Os benefícios mais concedidos pelas empresas continuam sendo:
- Assistência médica
- Assistência odontológica
- Vale refeição / restaurante
- Seguro de vida
Há uma tendência de crescimento na oferta de benefícios ligados à qualidade de vida, tais como:
- home office
- horário flexível
- auxílio maternidade
- massagem
- academia
- medicina preventiva
Principais conclusões:
– A crise econômica pela qual o Brasil vem passando, associada ao alto desemprego, provocou a queda dos salários em 6 das 8 regiões estudadas pela Mercer.
– O crescimento salarial real de 2018 ficou abaixo do previsto para o mesmo ano em 2017, demonstrando que o otimismo dos empresários não se confirmou.
– Na busca por se adaptar às novas necessidades de quem está no mercado de trabalho, atrair pessoas qualificadas e reter talentos, as empresas vêm aumentando a oferta de benefícios ligados à qualidade de vida, principalmente aqueles ligados à flexibilidade no horário de trabalho (home office e horário flexível).
Ficou com alguma dúvida? Vai lá no Instagram (fabiana.abath) e me manda uma mensagem por direct, ou deixa seu e-mail aqui no site pra gente conversar. Até mais!